domingo, 11 de novembro de 2012

Aptidão cardiorrespiratória

     O condicionamento cardiorrespiratório é atribuído como um dos componentes da aptidão física, estando diretamente associado aos níveis de saúde e qualidade de vida. Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições de caráter mundial tem referenciado a Educação Física como disciplina que agrega os benefícios à prevenção e a promoção da saúde.
     O consumo máximo de oxigênio é a variável que se relaciona com a aptidão cardiorrespiratória e representa a capacidade máxima do organismo em captar, transportar e utilizar o oxigênio pelas células durante o exercício físico. O consumo máximo de oxigênio, pode ser determinado em testes de laboratório e em testes de campo de esforço máximo, de forma direta e indireta.
     Algumas variáveis, influenciam decisivamente no consumo máximo do "dito cujo", dentre elas: idade, sexo, hábitos de exercícios físicos, hereditariedade e estado clínico cardiovascular.
Avaliação Cardiorrespiratória.
   






















   
   
     Os baixos níveis do condicionamento cardiorrespiratório, causam grandes problemas de saúde, como: hipertensão, diabetes, osteoporose, males da coluna, câncer, ansiedade, depressão, estresse, etc. Sem contar as outras doenças cardiovasculares, principalmente, causadas por fatores externos, como: fumo, sedentarismo, drogas, entre outras.

Aptidão músculo-esquelética.

     São os músculos do nosso corpo que nos movamos no ambiente em que vivemos, exercendo força para sustentar e mover os objetos em nossas atividades diárias. São os músculos também, que permitem a postura ereta, equilibrando nosso corpo, contra a ação da gravidade.
     Cada músculo, na verdade, é um conjunto de fibras envolvidas por uma película de tecido conjuntivo, denominada fáscia muscular.
     Existem três tipos de tecido muscular no corpo humano. Os músculos que trabalham para sustentar e mover o corpo, são chamados músculos-esqueléticos (ou estriados) encontram-se ao meio dos ossos, ligados por tendões. Eles constituem uma parte significativa do nosso corpo, (aproximadamente 40% da massa corporal dos homens, e um pouco menos das mulheres), e são acionados voluntariamente por estímulos nervosos. Os músculos lisos, que constituem os órgãos internos, não respondem ao nosso comando, contraindo e relaxando involuntariamente. Já o músculo cardíaco, apesar de ter uma aspecto semelhante aos músculos estriados, também não dependem da nossa vontade para contrair. 

     A capacidade muscular, ou músculo-esquelética, é composta por uma combinação de três qualidades da musculatura esquelética: força, resistência e flexibilidade.
  • Força é essencial para a realização da maioria das nossas tarefas diárias, como mover alguma mobília da casa, ou até mesmo abrir a tampa de um pote de conservas.
  • Resistência é a capacidade de realizar movimentos durante um longo período.
  • Flexibilidade é a capacidade de realizar movimentos amplos e graciosos, é a maleabilidade do corpo para se curvar, se torcer e se esticar, sem correr riscos de lesões ou de dores musculares. É o que permite à bailarina, levar o tornozelo até a orelha, sem flexionar os joelhos.

Stress.

     Em seus mais diversos enunciados o termo Saúde/Qualidade de vida encontra-se inserido no âmbito do bem-estar físico, psíquico, espiritual, moral, social, econômico, entre outros.
Porém, se levarmos em conta, todas adversidades que o homem enfrenta, somos obrigados a admitir, que estamos longe do ideal desejado.
A qualidade de vida, difere de pessoa para pessoa, mas o seu conceito geral, envolve: estado de saúde, longevidade, satisfação no trabalho, salário, lazer, relações familiares, prazer e até espiritualidade. Inicialmente, estudos apontavam bem materiais, mas recentemente, numa pesquisa realizada, destaca-se fatores como: realização pessoal, satisfação, acesso a eventos culturais, etc.
Com o avanço tecnológico, as atividades profissionais e de lazer, antes que exigiam um grande esforço muscular, hoje já são quase nulos... isso, faz com o que o homem trabalhe cada vez mais, competindo diretamente com a máquina, fazendo com que muitas vezes (quase sempre), ele esqueça até mesmo da sua família, e estão se tornando cada vez mais estressados.
     Isso é muito preocupante, pois se esse quadro, continuar assim, irá aumentar e muito, o número de pessoas obesas, desenvolvimento de doenças, fadiga muscular, etc.

     Stress é a maneira como o organismo responde a qualquer estímulo (bom, ruim, mau ou incriminatório) que altere seu estado de equilíbrio. O stress está diretamente relacionado com a homeostase, que é o estado de equilíbrio dos vários sistemas do organismo entre si e do organismo como um todo com o meio ambiente. O conceito atual sobre "stress", o considera como um processo bio-psico-social, pela forma como se manifesta, dependente de características individuais com o ambiente social.
Existem estímulos internos ou do meio ambiente, que são capazes de alterar a homeostase e representam as fontes do stress, referidas como agudas, quando ocorrem num curto momento, e crônicas, quando atuam sobre o organismo por um tempo prolongado, de forma contínua e repetitiva.

Tipos de Stress: Eustress e Distress.

     Quando nos sentimos ameaçados, uma série de reações orgânicas consciente ou inconscientemente são desencadeados ao mesmo tempo. Esse processo caracteriza o stress, que em um curto grau, é necessário ao organismo, pois colabora com o bom desempenho das funções orgânicas e psíquicas, como crescimento, cicatrizes e criatividade.
     O nível positivo de stress, Selye definiu como eustress. No entanto, de situações boas ou más, se repetem com frequência, ou seja, as situações de stress são constantes, aí sim, temos um grande problema. Esse processo negativo, caracterizado por situações aflitivas, é denominado distress. O distress pode ser agudo ou crônico (as definições destes, vimos acima).


   
Reação fisiológica ao Stress.   
   
     Quando nos deparamos com uma situação de Stress, nossas reações seguem um padrão, chamado Síndrome Geral da Adaptação, que consiste em três fases:




     Os níveis de tolerância ao Stress, são diferentes para cada individuo. Pessoas com limites mais elásticos, possuem maior resistência a ele. Porém, ao serem submetidos à tensão constante e crescente, igualmente como qualquer elástico, irão se romper, o que significa que corpo e mente adoece. Quando melhor for a reação do individuo ao Stress, menos sintomas físicos relacionados a ele, ocorrerão.
   
Stress e Doenças.

     
Segundo a academia Americana de Médicos de família, mais de 75% das consultas médicas, são de alguma forma, relacionados com Stress e o custo estimado do tratamento de doenças decorrentes do Stress no trabalho nos Estados Unidos, é de 150 bilhões de dólares. 
     É muito comum, pessoas que convivem com esse mal, adquirirem doenças, como: insônia, dores no corpo, dor de cabeça, problemas estomacais, irregularidade menstrual, ansiedade e depressão. 
     Altos níveis de Stress, combinados com a ausência de amigos ou familiares próximos, podem reduzir a resistência do organismo às doenças, diminuindo a expectativa de vida entre idosos e pessoas acometidas de doenças crônicas. O ideal, é um ambiente social favorável, com o apoio de amigos e familiares, para promover a saúde e a qualidade de vida, e reduzir os efeitos de doenças.